Anitta tem ‘evolução satisfatória’, mas segue sem previsão de alta

Após cirurgia de endometriose, Anitta tem apresentado uma “evolução satisfatória”, como descrevem os médicos. Apesar disso, a cantora, que foi operada na última quarta-feira, dia 20, segue sem previsão de alta.

“A paciente foi submetida na última quarta-feira (20/7) a um procedimento minimamente invasivo para tratamento de endrometriose (condição inflamatória originada pelo crescimento anormal de células do endométrio fora do útero). A evolução do quadro clínico da artista após a cirurgia é considerada satisfatória”, diz a nota enviada pelo Hospital Vila Nova Star, localizado na Zona Sul de São Paulo.

A artista fez uma laparoscopia, o procedimento mais utilizado para tratar a endometriose. Anitta está sob cuidados médicos da equipe chefiada pela professora doutora Ludhmila Hajjar, que foi quem descobriu que ela tinha a doença, e pelo diretor geral do hospital, Pedro Loretti.

“O procedimento, minimamente invasivo, durou cerca de quatro horas, sem nenhuma intercorrência. A cantora apresenta bom estado clínico e permanecerá internada no Vila Nova Star, onde deu entrada na última segunda-feira (18). Até o momento não há previsão de alta”, disse a nota.

A cirurgia

Endometriose é uma condição inflamatória crônica originada pelo crescimento anormal de células do endométrio fora do útero, podendo causar sangramentos, cólica menstrual, dor intensa e infertilidade, entre outras complicações. Em alguns casos, a intervenção cirúrgica é indicada.

O procedimento, minimamente invasivo, que Anitta fez consiste em fazer pequenos buraquinhos no abdômen para inserir instrumentos que permitem retirar ou queimar o tecido endometrial que se encontra danificando outros órgãos como ovários, região exterior do útero, bexiga ou intestinos.

Os benefícios desse tipo de cirurgia são muitos, mas os principais consistem em um menor trauma cirúrgico, menos sangramento intraoperatório, menor dor pós-operatório, recuperação pós-cirúrgica mais rápida e retorno mais cedo às atividades habituais e ao trabalho.

Ela reduz a taxa de infecções e a ocorrência de aderências pós-operatórias e também pode ser utilizada em outros tipos de cirurgias, como em operações nas articulações (artroscopias), por exemplo, principalmente em cirurgias no joelho. Além dessas, praticamente todas a cirurgias ginecológicas (cistos de ovário, dilatação das trompas, torção de ovário, gravidez ectópica) e urológicas podem ser realizadas por laparoscopia.

A endometriose

A endometriose é uma doença crônica causada por uma inflamação fora do normal de células do endométrio – tecido que reveste as paredes internas do útero, onde o óvulo se fixa quando fecundado para que o feto se desenvolva. O problema leva esse tecido a crescer para fora do útero, com fragmentos chegando ao ovário, às trompas e a outros órgãos da região. Porém, mesmo fora do útero, ele continua crescendo.

Não se sabe ainda quais são as causas exatas que levam o endométrio a crescer para regiões de fora do útero, porém estudos têm indicado que pode haver fatores genéticos relacionados ao problema. Segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a endometriose afeta cerca de 10% das mulheres brasileiras, mais frequentemente nas idades de 25 a 35 anos.

A descoberta de Anitta

No começo de julho, Anitta chegou a falar sobre o assunto pelo Twitter. Ela acreditava sofrer de um quadro de cistite recorrente, uma infecção que acomete a uretra provocada por uma bactéria, depois de nove anos com fortes dores após as relações sexuais. Entretanto, depois de fazer uma ressonância, foi constatado uma endometriose e ela precisaria passar por um procedimento cirúrgico.

“Ela (médica) fez meu milionésimo exame e pela milionésima vez… NÃO TEM BACTÉRIA. Nunca teve em nenhum dos exames. A doutora (enviada pelo meu anjo da guarda só pode), fez na mesma hora uma ressonância em mim e estava la. ENDOMETRIOSE. No dia seguinte ela me levou em um especialista em endometriose”, escreveu a cantora na rede social.

E alertou: “Pesquisem, galera. A endometriose é muito comum entre as mulheres. Tem vários efeitos colaterais, em cada corpo de um jeito. Podem se estender até a bexiga e causar dores terríveis ao urinar. Existem vários tratamentos. O meu terá que ser cirurgia”.