Festa tradicional havia sido cancelada por causa da pandemia e das dificuldades financeiras da SuperVia
“O Trem do Samba é a maior festa de música tradicional do Brasil”, disse Marquinhos de Oswaldo Cruz, idealizador do evento. “Já marcou não só a cidade do Rio de Janeiro, como o país. A realização do evento é uma vitória coletiva”, conta o cantor e compositor.
Todos os anos, no primeiro sábado depois do Dia Nacional do Samba, o Trem parte da Central do Brasil rumo à Oswaldo Cruz, onde uma grande festa espera os cariocas. O evento é uma homenagem a Paulo da Portela, que costumava voltar para casa cantando samba com amigos na década de 1920.
Hoje, Paulo é considerado um dos grandes heróis da história do samba, porque resistiu à marginalização da cultura negra na cidade. “O Trem do Samba é uma viagem muito simbólica. É uma forma poética do samba resistir”, disse Marquinhos.
Ele também contou que, por conta da situação financeira da SuperVia e da epidemia de covid-19 no Rio de Janeiro, não há condições de realizar a viagem como de costume, com cinco trens. A festa em Oswaldo Cruz, no entanto, está mantida. Atrações como Dudu Nobre, Moacyr Luz, Dorina e Leci Brandão já estão confirmadas.
Como forma de incentivar as medidas de prevenção à covid-19, os donos das máscaras mais bonitas e chamativas serão chamados ao palco. Já no trem, o certificado de vacinação será exigido de todos os participantes, que também devem usar máscaras.