Mais 73 homens da Força de Intervenção Penitenciária começam a atuar em presídios do AM

Homens reforçarão monitoramento dos presídios e capacitarão agentes penitenciários e militares do Grupo de Intervenção Penitenciária (GIP)

Mais 73 homens da tropa da Força Tática de Intervenção Penitenciária (FTIP) começaram a atuar nesta quinta-feira (30) nas unidades prisionais do Amazonas, quatro dias após o início do massacre que resultou na morte de 55 detentos. Na quarta (29), dez integrantes já haviam iniciado os trabalhos no entorno das cadeias.

O grupo vai reforçar o monitoramento dos presídios e capacitar agentes penitenciários e militares do Grupo de Intervenção Penitenciária (GIP). Os homens vão atuar em todas as cadeias.

O secretário de Estado de Administração Penitenciária (Seap), tenente-coronel Vinícius Almeida, informou que a FTIP vai trabalhar dentro das unidades prisionais nos próximos 90 dias. “Eles têm um procedimento específico, e será um período para trocarmos experiências, uma troca de conhecimento para melhorar ainda mais o nosso sistema penitenciário, disse.

O Massacre

O massacre teve início na manhã do domingo (26), durante uma confusão entre detentos do Complexo Anísio Jobim (Compaj) onde envolveu presos dos pavilhões 3 e 5 da unidade prisional. Neste dia, quinze mortes foram registradas no conflito. O local foi o mesmo onde ocorreu o maior o massacre da história do Amazonas quando 56 detentos foram assassinados , em 1º de janeiro de 2017.

Na manhã de segunda-feira (27), quarenta presos foram encontrados mortos dentro de cadeias em Manaus, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Inicialmente, o governo do Amazonas havia dito que eram 42 mortos.

Ao todo, 55 presidiários foram assassinados em quatro cadeias do estado. Além das quinze mortes dentro do Compaj no domingo (26), a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que todas as mortes de segunda-feira tinham indício de asfixia. Elas ocorreram nas seguintes unidades:

  • Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) – 25 mortos;
  • Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) – 6 mortos;
  • Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1) – 5 mortos;
  • Compaj – 4 mortos

Fonte: G1