Mais de 2 mil mulheres, dos 15 aos 49 anos, que migraram para o Brasil entre 2018 e 2021 foram entrevistadas.
Uma pesquisa feita pela Universidade de Southampton, na Inglaterra, em parceria com a Fiocruz está avaliando a qualidade reprodutiva das venezuelanas em Manaus e Boa Vista.
Mais de 2 mil mulheres, dos 15 aos 49 anos, que migraram para o Brasil entre 2018 e 2021 foram entrevistadas.
Elas foram entrevistadas ao longo de um ano, nas cidades de Manaus e Boa Vista, principais portas de entrada da migração venezuelana no Brasil, por mulheres também venezuelanas selecionadas e capacitadas para o projeto.
A pesquisa está acontecendo em quatro países da América Latina: Colômbia, México, El Salvador e Brasil, impactados pelo fluxo migratório de latino-americanos desencadeado em 2014.
Parte dos resultados da pesquisa foram divulgados na terça-feira (10), para representantes de organizações não-governamentais que trabalham com imigrantes.
Um dos resultados práticos do trabalho foi o fotolivro, que reúne fotos e descrições feitas pelas próprias venezuelanas de algo que caracteriza a vida sexual e reprodutiva delas e seus significados.
Parte quantitativa da pesquisa identificou índices de gravidez na adolescência, pobreza menstrual, métodos contraceptivos e questões como renda familiar, tipo de moradia, situação conjugal, escolaridade, entre as entrevistadas.
O estudo traça formas de políticas públicas voltadas para as venezuelanas, além de conhecer como se dá o processo de migração das mulheres e acolhida delas no Brasil.