Vasco tem péssima exibição e chega ao terceiro jogo sem vitória na Série B

A empolgação do Vasco com dias melhores em função da provável venda da SAF e do acesso cada vez mais próximo à Série A contrasta com o momento da equipe em campo. Diante do lanterna da Série B, o Vila Nova, mais uma atuação muito pouco inspirada, e o terceiro jogo seguido sem vitória, com 1 a 0 contra.

A situação do Vasco ainda é confortável, mas não como antes, pois com 35 pontos, passa da segunda para a terceira posição, com o primeiro adversário fora do G-4 a sete pontos de distância.

Mais do que o resultado, porém, o péssimo desempenho sob o comando do técnico Maurício Souza acende um sinal de alerta. O treinador mudou um pouco o estilo de jogo e deixou a equipe mais pragmática, sem poder de criação, sem capacidade de furar bloqueios. Lenta e previsível.

O melhor lance da etapa inicial aconteceu aos 20 minutos, quando a bola sobrou para Nene no meio da área, mas o meia arrematou em cima do goleiro. O problema é que o time custou a criar situações para seus atacantes. Ficava com a bola até a intermediária e normalmente sucumbia à forte marcação, depois de fazer a transição com os volantes Zé Gabriel e Andrey Santos.

Zé foi aposta de Maurício Souza para a partida, que não deu tão certo. As saídas de bola eram lentas e as escapadas de pontas e laterais não deram resultado no primeiro tempo para que o time tivesse volume ofensivo. Tudo atrapalhado por uma marcação baixa do Vila Nova em duas linhas compactas.

Representante desse ferrolho, o capitão Rafael Donato abriu o placar no começo do segundo tempo para o Vila Nova, e complicou ainda mais a situação do Vasco, que seguia sem se encontrar. O volante subiu livre no meio dos zagueiros, na pequena área, e Thiago Rodriguez também não saiu do gol.

Mauricio Souza trocou de uma vez os dois pontas, tirando Figueiredo e Pec, e lançando Palácios e Erick. O Vasco, que já não atacava bem, passou a dar espaços em contra-ataques. O time da casa teve chances de ampliar. O que era falta de inspiração, virou desorganização e abalo mental no Vasco. Que passou a acelerar as jogadas de qualquer forma, sem mais preservar tanto a posse. Assim, as finalizações sumiram.

Novas alterações foram empilhadas, mas a equipe se perdeu ainda mais na segunda metade da etapa final, com apenas uma finalização mais perigosa. O Vila Nova aproveitou para ganhar o tempo que podia, já que, conquistava pontos importantes contra um dos líderes para tentar escapar do rebaixamento. No Vasco, o espasmo final foi em vão. Para que se confirme o acesso, a necessidade de reação é imediata.