Coronavírus: ‘Não é hora de fraquejar’, diz Mandetta

BRASÍLIA – O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, disse nesta quarta-feira que “não é hora de fraquejar” os cuidados com os mais idosos diante do avanço do novo coronavírus no país.

— O momento, reforço, é de proteção das avós, das tias, das madrinhas. Não é hora de fraquejar. Não é hora de relaxar. É hora de redobrar o cuidado. O vírus está mostrando pra nós ao que ele veio e a gente tem o dever de proteger essas pessoas — afirmou o ministro.

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Mandetta analisava os dados do último balanço do Ministério da Saúde sobre a Covid-19 no país. De acordo com o órgão, o Brasil registrou até esta quarta-feira um total de 6.836 casos confirmados da doença e 240 mortes. A letalidade da doença, calculada pela proporção entre o número de casos confirmados e as mortes, é de 3,5%.

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A preocupação com os idosos citada por Mandetta é reforçada pelos dados do balanço. Segundo o governo, 90% das mortes causadas pela doença no Brasil foram de pessoas acima dos 60 anos de idade. Muitas delas já sofriam de outras doenças antes de contraírem a Covid-19.

O ministro foi questionado sobre um estudo de pesquisadores da Universidade de Harvard e do Brasil apontando que pode faltar leitos no país a partir de abril como resultado da epidemia. O estudo diz ainda que uma das alternativas do governo para lidar com o avanço da doença é colocar hospitais privados com leitos de UTI sob o controle estatal.

— Estudos temos com todos os cenários. Se nós não fizermos retenção de dinâmica social, se nós não cumprirmos, se nós sairmos, aglomerarmos, fizemos movimentos bruscos e relaxarmos nesse grau de contágio, sim, você pode ficar com uma série de equipamentos de proteção individual, sim, porque não estamos conseguindo adquirir de forma regular o nosso estoque — disse Mandetta.

Edital estudantes de medicina

Também nesta quarta-feira foi lançado o edital de seleção de estudantes do quinto e do sexto ano de medicina, e do último ano de enfermagem, fisioterapia e farmácia. Eles vão ajudar no enfrentamento à epidemia supervisionados por um profissional formado. Eles terão direito a uma bolsa no valor de um salário mínimo (R$ 1.045) se carga horária for de 40 horas semanais, e de meio salário (R$ 522,50) se for de 20 horas.

Fonte: Extra